Síndrome do Pânico

Imagem Sindrome do Pânico

O Transtorno do Pânico (TP) é uma condição caracterizada por episódios recorrentes e inesperados de intenso medo ou desconforto físico, conhecidos como ataques de pânico. Estes ataques são acompanhados por sintomas físicos e cognitivos intensos, como palpitações, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, tontura, e medo de perder o controle ou morrer. A frequência e intensidade desses ataques levam a uma preocupação persistente com a possibilidade de novos episódios, o que pode resultar em mudanças significativas no comportamento, como evitar situações ou lugares onde os ataques ocorreram, impactando diretamente na qualidade de vida do indivíduo.

A prevalência do Transtorno do Pânico é estimada entre 1% e 3% da população geral, sendo mais comum entre mulheres e tipicamente se manifestando na adolescência ou início da idade adulta, com a maioria dos casos começando entre os 20 e 30 anos. Fatores de risco incluem um histórico familiar de transtornos de ansiedade, traumas na infância, e altos níveis de neuroticismo (predisposição a experiências emocionais negativas). Além disso, condições respiratórias como asma têm sido associadas ao desenvolvimento de TP, sugerindo uma interação entre fatores biológicos e ambientais.

Os mecanismos subjacentes ao Transtorno do Pânico envolvem tanto aspectos biológicos quanto psicológicos. A teoria do alarme sugere que um ataque de pânico pode ser visto como uma resposta de medo ativada em momentos sem ameaças reais, o que leva ao condicionamento do medo a sensações corporais. Isso significa que, após experiências repetidas de ataques, o próprio medo de experimentar novos episódios pode desencadear novos ataques, criando um ciclo vicioso de ansiedade.

O diagnóstico do Transtorno do Pânico é baseado na presença de ataques de pânico recorrentes e na preocupação contínua com a ocorrência de novos episódios ou com as suas consequências. Esta preocupação leva a mudanças comportamentais significativas, como evitar situações que possam desencadear um ataque. É importante distinguir o TP de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, como problemas cardíacos ou respiratórios, e de outros transtornos psiquiátricos, como fobias e transtornos de ansiedade generalizada, onde os ataques de pânico ocorrem em contextos específicos e previsíveis.

O tratamento do Transtorno do Pânico inclui abordagens farmacológicas e psicoterapêuticas. Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) e os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN) são considerados tratamentos de primeira linha devido à sua eficácia e perfil de segurança. Benzodiazepínicos podem ser usados temporariamente para controlar crises agudas, mas devem ser evitados a longo prazo devido ao risco de dependência. Além disso, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem mostrado ser particularmente eficaz, ajudando os pacientes a identificar e modificar os padrões de pensamento que contribuem para a ansiedade e os ataques de pânico. Em casos mais leves, a TCC ou o tratamento medicamentoso podem ser eficazes isoladamente, mas em quadros moderados a graves, a combinação de ambas as abordagens é geralmente recomendada.

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Dr. Wilian
de Freitas

Médico Psiquiatra
CRM 222379 • RQE 125520

Sou o Dr. Wilian de Freitas, médico psiquiatra dedicado a promover o bem-estar mental e emocional dos meus pacientes. Natural do Espírito Santo, formei-me em Medicina no Norte do Rio de Janeiro. Minha trajetória é marcada pela dedicação e pelo desejo de ajudar, o que me permitiu acumular experiência em emergências e no Programa de Saúde da Família em Itatiaia-RJ, além da minha cidade natal. Especializei-me em Psiquiatria no

Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, em Campinas-SP, onde tive a oportunidade de atuar em instituições de grande prestígio. Atualmente, atendo na cidade de Assis-SP, focando no cuidado integral dos meus pacientes, oferecendo um tratamento humanizado e baseado nas melhores práticas médicas para condições de saúde mental.

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A consulta psiquiátrica é um momento crucial para o cuidado da saúde mental. Ela oferece um espaço seguro e acolhedor para que você possa compartilhar suas preocupações, desafios e sentimentos, permitindo uma compreensão completa do que você está enfrentando. Durante a consulta, o psiquiatra realiza uma avaliação detalhada dos sintomas, histórico pessoal e familiar, além de considerar fatores físicos e emocionais que possam estar contribuindo para seu estado atual.
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